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Setembro registra queda de 2,42% nas vendas do comércio caxiense

Setembro registra queda de 2,42% nas vendas do comércio caxiense

O comércio caxiense encerrou o mês de setembro com queda de -2,42% nas vendas em relação a agosto. O resultado, embora negativo, já era esperado devido à ausência de datas comemorativas e à retração na comercialização de itens de maior valor agregado, especialmente no chamado ramo duro. No entanto, o desempenho do setor segue positivo de 7,45% em relação a setembro de 2024, assim como crescimento de 3,32% no acumulado do ano e incremento de 1,86% nos últimos 12 meses.

 

As informações são do Termômetro de Vendas da CDL Caxias e foram divulgadas em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (12), junto à Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). 

 

No ramo duro, a variação entre setembro e agosto de 2025 registrou queda de -2,34%. Os setores que tiveram desempenho positivo foram implementos agrícolas (2,54%), materiais elétricos (2,46%) e informática e telefonia (1,51%).  Já os segmentos com pior desempenho foram automóveis, caminhões e autopeças novos (-4,84%), ótica e joalheria (-3,63%), material de construção (-3,17%) e eletrodomésticos, móveis e bazar (-1,18%).

 

No ramo mole, a oscilação entre setembro e agosto de 2025 foi de -2,60%. Os setores com resultado positivo foram produtos químicos (3,21%) e livraria, papelaria e brinquedos (1,37%). As baixas ficaram por conta dos segmentos do vestuário, calçados e tecidos (-4,16%) e farmácias (-1,40%).

 

O assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, reforça que o resultado de setembro já era esperado por não existirem datas comemorativas no período, importantes para o incremento nas vendas. O economista acrescenta que o desempenho negativo de alguns segmentos e a taxa de juros também são fatores que devem ser considerados.

 

“O ramo duro registrou queda de -2,43% entre agosto e setembro, perdendo fôlego na venda de itens de maior valor agregado, como automóveis, caminhões e autopeças novos, por exemplo. Também começamos a enxergar os efeitos da alta da Selic, que devem se intensificar nos próximos meses”, observa Ness.

 

Crédito e emprego formal

 

O volume de consultas ao crédito teve retração de -1,77% na comparação a agosto, com destaque para a queda de -1,85% nas consultas realizadas por lojistas. Por outro lado, o número de consumidores que consultaram seu próprio CPF cresceu 13,33%.

 

As inclusões de débitos foram de 43,97% superiores em relação a agosto, enquanto o valor do estoque de dívidas apresentou alta de 1,58%. O número de inadimplentes registrou leve crescimento de 1,31% sobre agosto, e alta de 9,01% sobre setembro de 2024.

 

O estoque no valor de dívidas em setembro apresentou taxa de 0,27% contra 0,86% do mês anterior. No ano atingiu 5,60%, enquanto em 12 meses o crescimento foi de 7,81%.

 

O número de empregos com carteira assinada no comércio em setembro apresentou alta de 99 vagas, totalizando 29.619 postos formais.

 

FOTO

Legenda: Coletiva de imprensa apresentou os dados das vendas do comércio em setembro

Crédito: Rosângela Longhi

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