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“Hábitos diários definem o risco de câncer de pele”, afirma dermatologista cooperada da Unimed Serra Gaúcha

“Hábitos diários definem o risco de câncer de pele”, afirma dermatologista cooperada da Unimed Serra Gaúcha

A chegada do verão e o aumento da exposição solar em praias e piscinas fazem do período um momento para redobrar os cuidados na prevenção do câncer de pele, o tipo de mais comum no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 220 mil novos casos são registrados por ano no país. Com foco no diagnóstico precoce, a Unimed Serra Gaúcha reúne orientações para conscientizar a população quanto aos cuidados essenciais com a pele.  

Para a médica dermatologista cooperada da Unimed Serra Gaúcha, Dra. Rafaela Bergmann Correia, ainda é necessário ampliar a conscientização de hábitos diários.

“Precisamos ter em mente que os nossos hábitos diários definem o risco de câncer de pele e que a prevenção pode salvar muitas vidas. Muitas pessoas não sabem que o câncer de pele mata, especialmente no caso do melanoma, que pode se espalhar rapidamente para outros órgãos. Os hábitos de proteção solar devem ocorrer durante todo o ano, não apenas no verão ou em períodos de lazer. A chave é identificar alterações em estágios iniciais, quando o tratamento é mais simples e as chances de cura são muito maiores”, explica.

A Dra. Rafaela destaca que o uso de protetor solar deve fazer parte da rotina diária, especialmente nas áreas expostas, como rosto, orelhas, nuca, antebraços, mãos e colo.

“Na nossa região, recomendo protetores com FPS 50 para o dia a dia. Já em ambientes de maior exposição — praia, piscina, eventos ao ar livre — é indispensável usar produtos mais resistentes à água e ao suor, com reaplicação a cada 2 a 3 horas”, orienta.

Além do filtro solar, são essenciais medidas como evitar o sol entre 10h e 16h, usar chapéu de aba larga e óculos de qualidade. Também é importante optar por roupas com proteção UV e redobrar o cuidado com crianças e idosos, que têm pele mais sensível e maior risco de desidratação.

Até os seis meses, bebês não podem usar protetor solar, devendo contar apenas com proteção física, sombra e roupas específicas. Após essa idade, filtros infantis devem ser aplicados regularmente. Segundo a dermatologista, a pele dos idosos é mais fina e frágil, altamente propensa a queimaduras solares graves. Nesses casos, a médica recomenda protetores mais hidratantes e aumento da ingestão de água.

Além do cuidado com a luz solar, a dermatologista reforça que o bronzeamento artificial é proibido no Brasil por causar danos severos ao DNA das células da pele, aumentando o risco de melanoma e acelerando o envelhecimento.

“Qualquer lâmpada que bronzeia faz mal. Muitas clínicas usam argumentos confusos, mas não existe ‘lâmpada segura’ para bronzeamento”, enfatiza.

De olho nas pintas

A médica afirma que tanto pintas já existentes quanto novas lesões podem indicar risco quando apresentam alterações. Ela reforça o uso da regra conhecida como ABCDE do melanoma: Assimetria, Bordas, Cor, Diâmetro e Evolução. Feridas que não cicatrizam em até 20 dias ou verrugas que crescem, sangram ou mudam de aparência, causam dor e até mesmo coceira, são sinais que merecem investigação dermatológica.

Para a Dra. Rafaela, nada substitui uma consulta anual com dermatologista qualificado. Tecnologias como dermatoscopia e dermatoscopia digital ajudam na avaliação detalhada das lesões, mas a análise clínica continua sendo o método mais seguro para identificar alterações suspeitas.

Os tratamentos variam conforme o tipo de câncer e vão desde procedimentos dermatológicos, como cirurgias e aplicações de nitrogênio líquido, até terapias avançadas como imunoterapia e radioterapia em casos mais graves.

“O sol tem inúmeros benefícios, mas a exposição inadequada pode trazer consequências graves. Dezembro Laranja é um convite ao autoexame, ao cuidado e à prevenção. Procure um dermatologista diante de qualquer alteração na pele, a detecção precoce salva vidas”, finaliza.

FOTOS
Legenda (1):
O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil, com mais de 220 mil novos diagnósticos por ano.

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